4 Tendências da Engenharia Química

Para receber o nome de Engenharia Universal, uma área do conhecimento precisa ser presente em uma variedade enorme de processos e atividades da sociedade. E, consequentemente, deve estar também relacionada profundamente com inovação, pesquisa e desenvolvimento. Correto? Bem, pra sair do campo das suposições, nós já te apresentamos algumas conquistas dessa área. Agora, para complementar o seu conhecimento, convidamos você para conferir 4 campos que são tendências da engenharia química!

1 - Corrosão

Entre 1% a 5% do PIB dos países é consumido pela corrosão do aço. Esse material permite o encadeamento de muitas cadeias produtivas, é componente fundamental de diversas indústrias, e por conseguinte, na concepção de produtos fundamentais para a sustentação da sociedade moderna como a conhecemos hoje.

Desse modo, estudos corrosivos se mostram além de uma grande demanda econômica, uma necessidade para a garantia da segurança da população. Um exemplo disso é o caso do jato Phenom 300, da Embraer. Em 2019, a companhia teve que fazer um ‘recall’ das aeronaves devido a um problema de corrosão que poderia resultar numa perda de controle do veículo.

Além dessa relevância, o mercado para quem estuda corrosão também é receptivo. O Brasil carece de profissionais qualificados na área, por isso, se você busca uma área para se especializar, ou quer ter uma perspectiva do que você pode fazer na engenharia química, a corrosão é uma boa pedida.

2 - Petróleo

Precisamos nos lembrar que o engenheiro químico começou focado na indústria química, e esta, por sua vez, teve grande impulsionamento com o petróleo. Desse setor obtemos nafta, gasolina, GLP (gás liquefeito de petróleo), querosene, asfalto, óleo diesel, dentre vários outros produtos.

O petróleo é sem dúvida um tema atual por seus vários desdobramentos ambientais, econômicos e não renováveis. Por isso, as características mais marcantes de sua indústria: o alto investimento em pesquisa, a inovação e o foco em otimização de processos são mais do que convidativos para o engenheiro químico.

Com isso, é importante ressaltar que apesar da fama da Petrobrás no Brasil, há várias outras empresas privadas que acomodam profissionais nesse setor. O portal O Petróleo lista algumas dessas empresas para que você possa conhecer mais sobre as suas oportunidades de atuação dentro da engenharia química.

3 - Energia

A tendência é que fiquemos e precisemos ser cada dia mais dependentes de fontes renováveis de energia e isso tem diversos desdobramentos. Porém também há um outro lado sobre essa discussão que deveria ser evidente para o engenheiro químico: a otimização de seu uso.

A indústria, setor que mais gasta energia elétrica no Brasil, desperdiça um terço de seu consumo. Assim, é fácil visualizar como a atuação dentro desse campo pode ser importante para essa discussão. Sim, o desenvolvimento e aprimoração de fontes renováveis de energia passam pela engenharia química, o biodiesel é um exemplo fácil disso. Porém, o convite que nós como equipe EQrenca gostaríamos de te fazer é para pensar no papel desse profissional nessa questão como alguém que vai além. Isso, por justamente conhecer as diversas oportunidades de inovação presentes na dinâmica de um dos principais mercados consumidores.

Se a relevância do assunto é promissora, o mercado também. A tendência é mundial. Cerca de 11 milhões de pessoas estavam empregadas no mercado de energias renováveis no mundo em 2018, e o fato é que, à medida que mais países investem na diversificação de suas matrizes, maior a disponibilidade de oportunidades.

4 - Biotecnologia

Provavelmente, um dos exemplos mais antigos de biotecnologia que possuímos na história humana são os processos fermentativos. O principal destaque desse tipo de tecnologia é a possibilidade de aliar eficiência e sustentabilidade. Por ser um dos campos de destaque no desenvolvimento de inovações dentro de um dos assuntos mais discutidos atualmente — o ambiental — a investigação biotecnológica é uma atividade que deve crescer bastante, principalmente no Brasil.

Em 2018, por exemplo, o portal Profissão Biotec ressaltava 6 polos de inovação industrial nessa área no país, estes concentrados nas regiões sul e sudeste. A liderança acadêmica e as demandas societárias que devem alterar a indústria com o tempo, são fundamentais para a expansão não somente desse mercado, como também do assunto. As discussões sobre a maior inclusão das ciências biológicas no currículo do engenheiro químico são um indicativo disso.

Não deixe que o fator iniciante te desanime, no entanto. O mercado para quem entende de biotecnologia é bom. As indústrias de alimentos e farmacêuticas precisam bastante desses profissionais e, para quem gosta de cosméticos, o campo biológico pode contribuir bastante para quem deseja se destacar dos outros profissionais. Por fim, é sempre bom lembrar: assim como o petróleo impulsionou a inauguração da era da química na indústria, podemos em breve — quem sabe — experimentar uma era da biologia. Essa era, no entanto, como em toda manipulação de vidas, deve ser planejada, pesquisada, desenvolvida e aplicada com muita responsabilidade com TODAS AS VIDAS do planeta.

Fala com a gente, o que esse texto contribuiu para o seu crescimento profissional? Talvez você também queira conferir:

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Referências

https://www.terra.com.br/noticias/dino/geracao-de-energia-renovavel-empregou-11-milhoes-de-pessoas-em-todo-o-mundo-em-2018,fe4c0ad904a05e960a8900697678782cv499a02h.html