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(Imagem por LEEROY Agency por Pixabay) |
A área de Engenharia e Ciências Exatas fornece muitas possibilidades para os amantes de química, física e matemática que procuram se realizar dentro de uma profissão. Durante o processo de escolha de uma graduação, é muito comum que ao estudar as diversas possibilidades dentro dessas áreas, os vestibulandos encontrem muitas dúvidas. Por isso, hoje a EQrenca gostaria de começar esclarecendo do que se trata a Engenharia Química, a profissão que inspira o nosso blog, e de convidar você, que ainda não a conhece, a se apaixonar por ela junto com a gente.
Nesse post, respondemos 4 perguntas fundamentais para qualquer um que queira entender um pouco melhor a área.
O que é Engenharia Química?
De acordo com a Voitto, em seu artigo Engenharia Química: o que é, o que faz e quanto ganha?, a Engenharia Química é o ramo que estuda, planeja e opera plantas químicas industriais. Marco Aurélio Cremasco, por sua vez, em seu livro “Vale a Pena Estudar Engenharia Química” (2015) define a profissão como:
“o ramo da Engenharia envolvido com processos, em que as matérias-primas sofrem modificações na sua composição, conteúdo energético ou estado físico, por meio de processamento, no qual os produtos resultantes venham a atender um determinado fim”.
Qual a diferença entre Engenharia Química e Química?
A atuação desses profissionais no mercado é realmente muito íntima. Em nosso post, Você realmente sabe quais as atribuições de um engenheiro químico? as responsabilidades do grupo dos químicos são mais detalhadas. Entretanto, a diferença principal está na escala das operações estudadas. O bacharel em química, por exemplo, ocupa-se com o estudo das propriedades e transformações de matéria em laboratórios. Enquanto isso, muito próxima a esse profissional, existe também a figura do Químico Industrial. Geralmente, é este o encarregado pelo desenvolvimento de novos produtos na indústria.
O engenheiro químico, por sua vez, está focado no estudo, planejamento e implementação de processos de fabricação em que há transformação de matéria-prima. Esse engenheiro elabora e otimiza métodos de produção, sendo o responsável também pelo desenvolvimento de plantas industriais. Perceba então que o engenheiro químico se ocupa de trabalhos em escala industrial. Só para você ter uma ideia do que isso quer dizer, só a refinaria da Petrobrás em Paulínia ocupa uma área de 9,1 km², isso é muito espaço para atuar!!!
Onde a Engenharia Química atua?
Caso você ainda não saiba, essa engenharia ganhou o apelido de 'Engenharia Universal' e não foi à toa. Ela está presente em diversas áreas e tem muitas tendências empolgantes para este século. Podemos citar algumas delas pra você, como o setor automobilístico, na produção de combustíveis e lubrificantes; energético, produzindo os gases para aquecimento; farmacêutico, atuando na fabricação de antissépticos, anestésicos e antitérmicos; de materiais, na produção de polímeros (plásticos) e manufatura de aço; hortifrutigranjeiro, concebendo fertilizantes, fungicidas e inseticidas; cosmético, com a manufatura de shampoos e condicionadores; etc.
Além desses campos, destaca-se uma tendência que a cada dia torna-se mais crítica para a manutenção dos padrões da nossa sociedade contemporânea: o desenvolvimento de novos métodos de obtenção de produtos derivados de petróleo a partir de recursos de fontes renováveis. Assim, essa engenharia não somente é ampla, como uma das principais participantes da construção do estilo de vida que temos atualmente, e que teremos no futuro.
Quais os setores em que o engenheiro químico trabalha?
Dentro da indústria, o engenheiro químico pode ter diversas responsabilidades. Dentre elas, as que se destacam são:
- qualidade, em que o profissional está focado em garantir a produção eficiente de produtos dentro da especificidade;
- segurança, trabalhando com o projeto e com a manutenção de unidades industriais seguras;
- gestão de projetos, coordenando e supervisionando o projeto de construção de novas instalações industriais;
- gestão financeira, desenvolvendo orçamentos para uma instalação, um novo processo ou para apontar a necessidade de mudanças, além de planejá-las;
- gestão tecnológica, gerenciando equipes de operações diárias dentro das atribuições da engenharia e coordenando projetos de pesquisa e desenvolvimento na indústria;
- pesquisa acadêmica, atuando com a prestação de consultoria técnica para outras empresas e encabeçando diversas pesquisas de base e aplicadas dentro do ambiente acadêmico nas universidades;
- vendas, em que aplica seus conhecimentos técnicos para o processo de comercialização de produtos ou para a prestação de assistência técnica aos clientes da indústria; etc.
Como você pode ver, essa profissão é realmente muito dinâmica. Se você ainda precisa de razões para cursar engenharia química, entenda que é essa mesma amplitude que dificulta a tarefa de explicar aos parentes do que se trata, de fato, a área, que também é responsável por abrir um mundo enorme de possibilidades aos seus profissionais. Isso faz, inclusive, com que ser engenheiro químico se torne muitas coisas — tanto boas, quanto ruins — que fazem essa experiência ser um tanto quanto surpreendente. Ainda assim, para qualquer um que opte por ela, há pelo menos uma garantia: essa profissão não tem nada de monótona.
Referências:
CREMASCO, M. A. Vale a Pena Estudar Engenharia Química, 3ª Edição. São Paulo: Blucher. 2015. p 21-28.
E aí, ainda tem dúvidas que gostaria de esclarecer? Fala com a gente aqui nos comentários! Veja também:
5 Conquistas da Engenharia Química e suas problemáticas
Qual a primeira patente do Brasil?
História da Indústria Química Moderna - o nascimento das petroleiras.
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